O único ponto divergente no texto do relator Danilo Forte (União Brasil-CE) era o cronograma para liberação de emendas parlamentares. Como não houve acordo, parlamentares já esperavam o veto.
Deputados do Centrão foram informados que Lula não vetaria trechos como os que tratam de recursos do Minha Casa Minha Vida e do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), mas foram surpreendidos.
Forte alega que se reuniu com Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), costurou um acordo e, mesmo assim, não foi cumprido o que foi acordado.
O deputado diz que chegou a ter a garantia de uma liderança do governo de que, tirando o trecho das emendas, todos os demais estavam acertados.
Ao Bastidor, um parlamentar já disse que o que ocorreu nos vetos da LDO repete o padrão de comportamento do governo ao longo do ano. Também reiterou que falta confiança do Congresso na articulação política. Segundo ele, o que surpreendeu dessa vez é que outros ministros foram envolvidos, como Haddad e Tebet, e nem assim o governo cumpriu o que foi acordado.