Sempre a lesma lerda!

Texto que saiu hoje na Folha (19/8/05) e que saiu no blog
de charges do Benett e que eu roubei e…assino embaixo!
NELSON MOTTA Tá na cara RIO DE JANEIRO –

Rita Lee dizia que roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido, mas, atualmente, são os tesoureiros nacionais que tem essas pintas brabas, numa linhagem visualmente tenebrosa que começa no bigode de PC Farias e chega à barba de Delúbio e à careca de Valério. Que figuras, hein? Oscar Wilde tinha toda razão ao dizer que só os espíritos levianos não julgam pelas aparências.

Cada um tem a cara que merece. Olhem bem as caras dos Janenes e Valdemares, daqueles prefeitos alagoanos que foram presos roubando a merenda escolar, de Fernandinho Beira-Mar, de Waldomiro, Silveirinha, Naya, Rocha Mattos, Buratti. Quem vê cara vê muito mais do que coração. Contra esses nem é preciso provas: está na cara.

As fotos não mentem. Basta olhar a galeria dos parlamentares suspeitos que os jornais publicam diariamente. Parece um painel de fotos de procurados pela polícia. Um estrangeiro que não soubesse quem são e olhasse os “bonecos” não teria dúvidas. Teria medo. Janene, Valdemar, Jefferson, Delúbio, Valério, Henry, Mabel, Mentor, Borba, Rodrigues, que turminha braba, que caras apavorantes, hein? É a feiúra interior se revelando nas máscaras desses personagens medonhos.

E perigosos. Todo mundo já viu aquela foto clássica de parlamentares no plenário -do governo ou da oposição, às vezes até juntos- vibrando e comemorando alguma votação que ganharam. Dá vergonha e medo. Punhos cerrados no ar, bocas abertas em gritos selvagens, barrigas saindo para fora dos paletós, olhos saltando das órbitas, cabeleiras mal pintadas, que gente feia, meu Deus!

Dá arrepio pensar que os rumos e destinos do país estão nas mãos desses indecorosos. Dizem que eles são os perfeitos representantes do que somos, que cada povo tem o Congresso que merece. Pode até ser, mas nós não somos tão feios.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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