Sessão da meia-noite no Bacacheri

Amy

Amy – The Girl Behind The Name. Ainda adolescente, Amy Winehouse já demonstrava para a família o talento vocal que possuía. Aos 18 anos ela já fazia shows na Inglaterra e, com o tempo, passou a ganhar fama. O sucesso do álbum “Back to Black” a tornou uma celebridade mundial, mas também fez com que seus problemas com álcool e drogas aumentassem assustadoramente. Direção de Asif Kapadia, 127m, EUA, 2015.

Família de Amy Winehouse critica documentário sobre a cantora.

Assim como a personalidade que é tema do filme, o documentário Amy está causando controvérsia. A família da cantora Amy Winehouse, que tem sua vida analisada no longa-metragem do cineasta britânico Asif Kapadia, considera o documentário um “desserviço enganoso”.

Chris Goodman, porta-voz da família Winehouse, enviou um comunicado ao site People afirmando que o filme Amy contém “algumas inverdades básicas”. Apesar de ter apoiado Kapadia inicialmente, os parentes da cantora agora querem “se disassociar do filme”, pois na avaliação deles a obra sugere que eles não se esforçaram para ajudar a artista, que era dependente química e morreu em 2011 por intoxicação por álcool. “Fundamentalmente, a família Winehouse acredita que o filme faz um desserviço contra os indivíduos e seus familiares que estão sofrendo da complicada aflição do vício”, diz o comunicado.

Ainda de acordo com a família, o pai da cantora, Mitch Winehouse, é mal representado em Amy. Eles afirmam que o projeto mostra Mitch como um pai ausente que estava mais preocupado em explorar a filha economicamente do que em ajudá-la a tratar seus vícios. O longa ainda acusa a ONG Amy Winehouse Foundation, criada por Mitch para prestar assistência a jovens com problemas com drogas ilícitas e álcool, de usar o nome da cantora para enriquecer. Por conta disso, a fundação pretende processar o cineasta e os produtores do longa-metragem.

“A narrativa do filme é composta pelos testemunhos de um número restrito de pessoas, muitas que nada tinham a ver com ela nos últimos anos de sua vida. O outro lado da história não chegou ao corte final do filme”, dizem os familiares.

Em entrevista para a revista People, um porta-voz do diretor e produtores de Amy defenderam a produção, dizendo que o longa-metragem traz “total objetividade” e contou com a ajuda e apoio da família Winehouse: “Nós conduzimos cerca de 100 entrevistas com pessoas que conheciam Amy. A história que o filme conta é um reflexo de nossas descobertas nessas entrevistas”.

Kapadia, que dirigiu o premiado documentário Senna (sobre a vida do lendário piloto brasileiro Ayrton Senna) irá apresentar o filme Amy ao público pela premeira vez no Festival de Cannes de 2015. A produção faz parte da mostra “Sessões de meia-noite”. Ainda não há previsão de estreia no Brasil.

Autora de sucessos como “Back to Black”, “You Know I’m No Good”, “Rehab” e “Valerie”, Amy Winehouse venceu seis prêmios no Grammy durante sua carreira. Seus discos venderam aproximadamente 30 milhões de cópias no mundo inteiro.

Adoro Cinema

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sessão da meia-noite no Bacacheri e marcada com a tag . Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.