Cansei de existir
Mas estudo, trabalho, luto para não
Repetir
A dose.
Morrer é passar de ano?
Luto para não me ferir
Mais do que me fere a existência
De ser
Um homem.
Viver é reparar dano?
Existo para inquirir
O nojo, o horror da vida, a cruz
Do medo
Da fome.
Escrever é baixar o pano?
Sobre Solda
Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido
não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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