A DITADURA militar teve como talismã o cantor Wilson Simonal, que acabou escrachado pela opinião pública. O sertanejo Gusttavo Lima (na foto) caminha para ser o Simonal de Bolsonaro. O cantor bilionário, herói e símbolo do agronegócio, já teve dois contratos bloqueados pela justiça, cada um pagando-lhe cachês que superam a arrecadação das prefeituras. A última, na Bahia, contratou-o por R$ 2 mi, o mesmo que ela recebera de auxílio pela calamidade das enchentes dois meses antes.
É hora de confrontar a redução do auxílio alimentar do governo, que era de R$ 586 milhões em 2012, para R$ 89 mil neste ano, com a política antissocial do governo. Se o covid só matou 800 mil brasileiros, a fome matará os que escaparam. Normal, como diz o presidente Bolsonaro, “todo dia morre gente de fome e de doença”. O anormal é deixar sertanejo bilionário, contratado por prefeito demagogo e insensível, sem patrocínio – e agora sem financiamentos do BNDES – este o próximo escândalo que vem sendo cavoucado.