Sinalização de que Bolsonaro pode indicar Moro para o STF desagrada cortes superiores

Segundo magistrado, hipótese é como colocar um soldado para comandar os generais.

A sinalização de Jair Bolsonaro (PSL) de que, se eleito presidente, pode indicar o juiz Sergio Moro para o STF (Supremo Tribunal Federal) não caiu bem nas cortes superiores.

FILA 2 - Segundo um magistrado, não é “normal” a indicação de um juiz de primeira instância para o mais importante tribunal do país.

FILA 3 - Em geral, quando a escolha recai sobre a magistratura, a disputa se dá entre ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou desembargadores de tribunais regionais e de justiça dos estados.

FILA 4 - Levar o juiz ao STF furando fila, diz outro ministro, é como colocar um soldado para comandar os generais.

NUVENS - Bolsonaro ainda cria arestas no STJ: vários dos ministros da corte sonham um dia ir para o STF.

CHUMBO - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) decidiu pedir proteção à Polícia Federal. Ele foi citado por Bolsonaro em um discurso que o presidenciável fez por telefone, no domingo (21), para seus seguidores na av. Paulista, em SP.

CHUMBO 2 – Bolsonaro disse, dirigindo-se a Lula, que “brevemente você terá Lindbergh Farias para jogar dominó no xadrez”. Afirmou que “esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria” pois fará “uma limpeza nunca vista na história”, com a polícia fazendo “a lei valer no lombo de vocês”.

CHUMBO 3 – “Foi o discurso de um candidato a ditador. A ideia central foi de eliminação do adversário. É um discurso que autoriza a violência. Me preocupo porque no Rio todos os grupos milicianos apoiam Bolsonaro”, afirma o senador.

ELE NÃO – O secretário de Inovação e Tecnologia, Daniel Annenberg, disse, em suas redes, que votará em Fernando Haddad (PT). Eleito vereador pelo PSDB, ele foi nomeado por João Doria, que se declara entusiasta de Bolsonaro.

MISSÃO IMPOSSÍVEL  – “Não tenho como votar numa pessoa que propaga o ódio e que é a favor da tortura e contra mulheres, negros e LGBTs”, disse ele.

SÓ EU SEI  – Já o prefeito Bruno Covas não diz qual é a sua opção: “O voto é secreto”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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