O Globo diz que a Lava Jato só vai fechar acordo com uma empreiteira: ou a OAS, ou a Odebrecht.
“Há dois motivos principais.
O primeiro é o fato de as duas serem antigas parceiras em vários empreendimentos da Petrobras — o que uma sabe, a outra também sabe. O segundo diz respeito ao tamanho das empresas: as duas são de grande porte e, entre as quatro que dominam o ramo de infraestrutura no Brasil, foram as únicas que não fizeram acordo (…)
A princípio, a Odebrecht sai em desvantagem (…)
Para a força-tarefa, as provas levantadas até o momento — muitas delas ainda não tornadas públicas — colocam Marcelo Odebrecht no lugar de principal liderança da corrupção empresarial no Brasil”.
Ele tem de pegar 40 anos de cadeia. E a Odebrecht tem de ser extinta, como defendeu Mario Sabino em seu artigo para a newsletter de O Antagonista:
(…) Até a ascensão de Marcelo, a Odebrecht atuava como as outras empresas que há anos participam do assalto aos cofres da União, dos estados e municípios. O novo presidente da organização, no entanto, aperfeiçoou e ampliou a roubança, criando o departamento de propina que se transformou no coração de toda a estrutura.
Ele não parou por aí. A Odebrecht comprou um banco no exterior para otimizar a distribuição de dinheiro sujo aos seus cúmplices. Isso vai muito além da infiltração mafiosa no sistema financeiro europeu. É como se a máfia italiana houvesse ela própria adquirido um banco para fazer as suas transações espúrias. Marcelo Odebrecht é um gênio do crime.
Não há acordo de leniência possível com essa organização criminosa. A extinção da Odebrecht é necessária para depurar o capitalismo brasileiro e também a política do país. Ponto final.