Como mostrou o Bastidor, deputados da base de apoio ao governo já haviam dito que o risco de a matéria não ir a plenário passava pela falta de empenho de Lira no convencimento de parlamentares do centrão.
Depois de se reunir com lideranças partidárias, Haddad ouviu as demandas e pediu mais alguns dias para voltar com um texto mais palatável.
Teve que ceder, por exemplo, ao diminuir o prazo em que as empresas vão receber a compensação financeira. O governo defendia que fosse um ano após a comprovação.
As mudanças foram levadas por Haddad a Lira que, agora, vai apresentar o novo texto às demais lideranças. Com as alterações e o apoio do presidente da Câmara, o ministro espera que as resistências caiam. A estimativa é de arrecadar 35 bilhões de reais em 2024.
Haddad viu o risco de o texto não ir à votação este ano, após governo e centrão não chegarem a um acordo sobre os vetos de Lula a outros projetos e às pautas econômicas.