Com a decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes, de soltar o ex-secretário da Infra Estrutura, Pepe Richa, e mais oito envolvidos nas Operações Integração II e Rádio Patrulha, que investiga pagamento de propina no sistema de cobrança do pedágio no Paraná, apenas o empresário Luiz Fernando Wolff de Carvalho permanece preso.
Dono da Triunfo Participações e Investimentos, Wolff de Carvalho é o maior empresário do grupo investigado pelo Ministério Público Federal, com empreendimentos espalhados por todo o País. A Triunfo Participações responde pela Econorte, a concessionária dos pedágios em toda a região Norte do Estado, com sede em Londrina.
Em nota, a força-tarefa da Operação Lava Jato afirma que, ao contrário do que foi divulgado pela Triunfo Participações, mesmo com “inúmeras evidências da existência de graves irregularidades na cobrança do pedágio e nas obras realizadas, a empresa jamais prestou qualquer auxílio às autoridades para esclarecer as investigações relativas à corrupção no setor.”
Pelo contrário, continua a Força Tarefa, a única documentação apresentada pela empresa referente a um “processo de revisão interna”, concluiu que, na contratação do operador financeiro (doleiro) Rodrigo Tacla Duran, “não foram identificadas eventuais situações que aparentassem desconformidade com os procedimentos e políticas de integridade da Companhia”.
Dois aspectos envolvem o empresário Wolff de Carvalho no Paraná: ele é sócio de grandes empresários do estado em vários empreendimentos, o que tornaria a delação premiada temida e com alcance muito amplo em vários ramos da economia do Estado. E é primo distante da mulher do juiz Sérgio Moro, Rosangela.