Quem tropica se trumbica
O prefeito Rafael Greca soltou nota de desculpas à enfermeira municipal que ofendeu. Texto longo, derramado, meloso como compota. Mas só escreveu o prenome dela, omitindo o sobrenome – medo que a enfermeira se candidate a alguma coisa em cima da falseta do prefeito? No entanto, deu o nome e sobrenome da enfermeira que é secretária municipal.
Rafael tropicou. Feito menino mimado, na resposta grosseira a simples ponderação da funcionária. Vaidoso e narcisista, ao omitir-lhe o sobrenome, falta de educação agravando a grosseria. No soluço do cérebro, quando atenua a ofensa a enfermeiros falando da enfermeira sua secretária – tipo o homofóbico que se defende dizendo ter amigos gays.
Social e tal
Flashes do jantar de Jair Bolsonaro, ontem na embaixada do Brasil em Washington. Bolsonaro com a cara de quem não sabe o que fazia ali, a mesma desde que assumiu a presidência. Durante seu discurso os americanos presentes recorrem à tradução simultânea – a expressão mais ouvida pelos gringos foi ‘this thing’, o isso daí do Capitão.
Na ponta da mesa o filho pensador, o deputado Eduardo, arquiteto da polícia, perdão, política exterior do Brasil. À esquerda e à direita do presidente, cotovelo com cotovelo, os gurus de Eduardo, Olavo de Carvalho e Steve Bannon. Este último foi importado por Eduardo depois de descartado por Donald Trump, de quem tentou ser o Olavo de Carvalho.
Na frente do chefe, a um corpo do embaixador brasileiro, o nosso ex-Sérgio Moro, sem a cara feliz do tempo em que palestrava para os gringos sobre corrupção e Lava Jato. Ao lado de Moro uma senhora de echarpe, jeitão de doutora Rosângela “eu moro com ele”. Não devia ser. Usava fone de tradução do português para o inglês