Coisas menores não são miniaturas
nem formam coleções.
Coisas menores são acidentes
na geografia do cotidiano.
Só as percebemos ao passar por elas
– o mais rápido possível que der, no menor
tempo possível -, a fim de seguirmos
céleres nosso caminho de glórias.
Coisas menores são intocáveis.
Coisa menores são invisíveis.
Como o ar, o éter e os nanoelementos.
No entanto, – veja você -, uma nano-
partícula delas derrete
montanhas dentro de nós.
(2010), Preponderância do pequeno (2001) e Cloaca (2012). Este é o seu primeiro livro de poesia. Editora 7 letras.