Arquivo da tag: poesia

O silêncio da memória

Ocultar-me, distrair-me, ausentar-me. Todo o silêncio que habita os subterrâneos da memória. Toda a palavra engasgada e partida. O medo percorre as linhas dos hemisférios, sopra bem suave na sua nuca, desvia o olhar quando é encarado. E invade e … Continue lendo

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Florbela Espanca

Versos! Versos! Sei lá o que são versos… Pedaços de sorriso, branca espuma, Gargalhadas de luz, cantos dispersos, Ou pétalas que caem uma a uma… Versos!… Sei lá! Um verso é teu olhar, Um verso é teu sorriso e os … Continue lendo

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Dias não menos dias Chora-se com a facilidade das nascentes Nasce-se sem querer, de um jato, como uma dádiva (às primeiras virações vi corações se entrefugindo todos ninguém soubera antes o que havia de ser não bater as pálpebras em … Continue lendo

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Delicadeza

Pelas horas do tempo não linear persigo seu rosto em todas as palavras, sílabas, frestas tento adivinhar qual será o presságio ao ouvir o vento bater à janela ao acaso ou à sorte as linhas da minha mão migraram para … Continue lendo

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Salto

Espelho, vazio, salto Nada mais longe Nada mais perto Meu mar sobre mim A paisagem em dobras A palavra árida Gasta pelo tempo Ressurge no seu pensamento Viro a esquina Descubro seus ângulos obscuros Percorro as manhãs Que me dizem … Continue lendo

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O Livro dos Contrários

o azar, depois de muito tempo perdido entre fichas e baralhos de um cassino resolveu casar e ganhar um filho com a sorte, de quem  hoje é legítimo marido para a sorte foi um casamento magnífico pois cansara de ser … Continue lendo

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Uma noção bem periférica suspensa no centro

O buda passou distraído Na minha calçada Falando ao celular Sabe-se lá com quem É meu ponto aquele Meditar, isolar toda imagem e fluxo de pensamento E só Coisa pouca Quando chegava lá na casa de praia Era tanto vento … Continue lendo

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Chuvas

Bicho líquido de fiel transparência, as chuvas chovem no zinco de nosso teto humilde com a graça quase invisível de ariscas lagartas, e mínimas, muitas, coleantes, uma que vez cândidas. Quis no verão sua morada, e o ímpeto com que … Continue lendo

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Versos Íntimos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a ingratidão – essa pantera – Foi tua companheira inseparável. Acostuma-te à lama que te espera! O homem, que, nesta terra miserável, Mora entre feras, sente inevitável Necessidade de … Continue lendo

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O Turco

Ontem, por uma fraqueza de caráter, resolvi separar as pessoas do meu convívio em dois blocos distintos – os bons e os maus. Que terrível, Senhor. Depois de muito ajuizar, os bons me fitavam com expressões demoníacas enquanto os maus, … Continue lendo

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Todo dia é dia

© Manuel Dalpendre

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Coração de Aladim

para o rápido alívio das dores do amor massageie levemente a garganta até a vista se tornar completamente incolor é de preparo instantâneo contém 20 miligramas de chá de amnésia que elimina as paredes do crânio em instantes mandando lá … Continue lendo

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