Ruth Bolognese – ContraPonto
Pela segunda vez no Paraná atira-se nos integrantes que acompanham o ex-presidente Lula, primeiro na estrada, durante a caravana, e agora no acampamento que o PT batizou de Marisa Letícia, em permanente vigília desde a prisão.
É óbvio que a situação começa a se radicalizar, de qualquer ângulo que se observe. Como se dizia antigamente, “isso ainda vai dar morte”. E na madrugada passada, quase deu.
O próprio PT reconhece que a secretaria de Segurança do Paraná está empenhada em esclarecer os fatos deste sábado, mas até agora, um mês depois, não há informação sobre quem disparou os tiros de garrucha contra ônibus da caravana que atravessava o estado em direção a Curitiba no mês de março.
A primeira medida que deve ser tomada pelas autoridades de segurança será a transferência do ex-presidente para um outro local, onde a distância dos acampados venha a inibir as manifestações. Os pedidos para isso partem da própria Polícia Federal e da prefeitura de Curitiba.
Mas não há garantia nenhuma que seja a solução mais adequada: o PT e suas lideranças estão mantendo o interesse por Lula na mídia, principalmente internacional e independente do local onde Lula estiver preso, a gritaria vai continuar. Espera-se a chegada de deputados de vários países latinos americanos, do Parlasul, por exemplo. E cada negativa de visita é mais manchete.