Todo dia é de poeta

eu quero me afogar
na salmoura
dormir
na mangedoura
ser um monge
de outrora

o dia inteiro
fazendo hora
cortar o mal com tesoura
eu quero o mal
mal quero
e tudo me apavora
o povo
o polvo
a pólvora

tudo enfim
que meu cavalo sente
quando me senta
espora
solda/leminski
década de 80

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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