Todo dia é dia

O que fazem os pássaros
Quando chove, Amor?
Se bruma nas árvores
Um constante cicio
Que já é do Amor o seu prenúncio
Tímido embora chilreia e pluma
Do Amor, um vaticínio: o do pavão misterioso.
Se foi calor noites e dias
Enfim choveu do Amor seus ouros
E os passarinhos mais pequenos
No muco verde dos galhos calam
E recomeçam, mínimos, novo alvoroço,
Bem abaixo da linha do silêncio.

Wilson Bueno
Do livro (inédito) “35. Poemas de Amor”

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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