Todo dia é dia

Foto de Anderson Tozato.

Bem no meio

Segunda-feira, trinta de junho, meu deus!,
Meio ano se foi e já foi tarde.
Pra que que serve um ano inteirinho?
Ei, pare aí mesmo! Esses dias são meus,
Tempo ladrão, lazarento, covarde!
Pensa que não tô vendo, saindo de fininho,
Minha vida escapulindo do meu controle?
Ê, basta de ser besta, seu bosta!
Poeta que é poeta fica fazendo versinho
Nem que a inspiração o abandone
E a musa vá bater em outra porta.

A semana começou faz uma vida e meia
E depois que começou, você já sabe,
Não acaba nem quando chega ao fim.
Nunca houve uma terça-feira,
Esta segunda é tudo que nos cabe.
E pensando bem, a continuar assim
É melhor parar por aqui mesmo.
Eu por todos e todos por mim,
Antes que nunca seja tarde demais
E esta segunda-feira já seja o de menos
Agora que mais dia menos dia tanto faz!

Thadeu Wojciechoski

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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