Todo dia é dia

Li Po

Tu escreves como o pássaro canta. Teu gorjeio? Versos.

Se não cantasses, as manhãs seriam menos vermelhas e

os crepúsculos menos azuis.

Quando a embriaguez te inspira, os Imortais inclinam-se

das nuvens para te escutarem, o tempo suspende seu vôo,

o bem-amado esquece a bem-amada.

Tu és o Sol e nós, os outros poetas, somos apenas estrelas.

Acolhe, ó meu amigo, o balbucio do meu respeito!

Tu Fu

Um dos poetas preferidos de Nireu Teixeira, Tu Fu.



Este poema Tu Fu (712/770) escreveu quando

Li Po (701/762) morreu.

Enviado por Dóris, a Teixeira arquiteta)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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