Todo dia é dia

Foto sem crédito.

Mulher da vida
Ela é turrona, anda armada,
Gosta de armar o maior barraco,
Bebe pra caralho e dá risada,
Depois chora e fica um caco
Todo mundo por aqui já comeu,
Ela chupou até o pau do papa,
O do pastor ela disse que mordeu
E por muito pouco não capa
Diz que me ama mais que tudo
Só pra mim dá sem camisinha
Às vezes me acho um sortudo
Ganha bem rodando a bolsinha
Ela é tão bonita que dá gosto
Vê-la se aprontando para sair
Se tentam beijá-la, vira o rosto,
Na boca, só eu, não vai me trair
Dá casa, comida e roupa lavada,
Mas eu não tô nem aí pra isso
De mim, não reclama de nada
Acha escrever um bom serviço
Diz que me mata se eu deixá-la
E em seguida toma formicida
Eu sou poeta e não faço sala
Acho que achei a mulher da vida
Comedor de Ranho

O Bardo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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