Todo dia é dia

Foto de Lina Faria.

Curitiba

vou acabar com a vida de um vício por mês
fumo meu último cigarro pela primeira vez
treme minha mão por um copo pela última vez
nunca mais encontrei a canalha da cannabis
acho que ela foi morar na tumba do lápis

do pó eu vim, vi e venci
e não retornarei ao pó

Curitiba
você é a única droga
que eu vou admitir na minha vida.


(Marcos Prado e Antonio
Thadeu Wojciechowski).

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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