Todo dia é dia

Personagens

O pânico que paira sobre a página branca
É meu
E tão somente

O pão que padece de calor quase desanda
É meu

Ainda o homem por trás desta opaca cortina
E este que escreve
Quase qual não me pertence

Outro que ausente
Faz tanto barulho e só a mim silente desatina
E ainda a musa que a tantos apetece

É minha, e a um toque
Só de mim desaparece

Flávio Jacobsen

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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O pânico que paira sobre a página branca
É meu
E tão somente

O pão que padece de calor quase desanda
É meu

Ainda o homem por trás desta opaca cortina
E este que escreve
Quase qual não me pertence

Outro que ausente
Faz tanto barulho e só a mim silente desatina
E ainda a musa que a tantos apetece

É minha, e a um toque
Só de mim desaparece

Flávio Jacobsen

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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