Todo dia é dia

Lemnisco

Lemniscata, infinito,
mata teu cachorro a grito.
Muitos lemas, poucos lemes.
Exprimo o que tu espremes.

Faz teus rabiscos dos riscos,
mostra os teus lemniscos.
Cura-te em teus baianos
enquanto nós leminskiamos.

Casa e cama, camicase.
De tudo um pouco ou quase.
Leremos-te sempre assim,
curto e fino até o fim.

Lemniscata, infinito,
Vejo teu fantasma aflito,
reescrevendo a poesia
no verso de cada dia.

Felipe Cerquize

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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