e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa , rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
Maiakovski
Não é de Maiakovski.
Ps: Fraga, nosso atento ombudsman, alerta para os perigos de se atribuir textos e ou desenhos a outras pessoas. Esta é, aliás, a maior merda da internet: reforçar enganos a partir da circulação de desconhecimentos não aferidos. Vejam só:
Eis o fragmento de Eduardo Alves da Costa:
No caminho com Maiakóvski
“[…]
Na primeira noite eles se aproximam
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
[…]”
Solda Cáustico errou.
E Fraga corrigiu. Ouiés!