Todo dia é dia de poeta

já não se fazem manhãs
como antigamente
as manhãs precedias os dias
durante dias
e assim permaneciam
por todas as manhãs

as manhãs não tinham manias
alvoreciam sem artimanhas
amanhecer
único dever das manhãs

hoje as manhãs
são simples manhãzinhas
comediadas, simplezinhas
as manhãs de hoje em dia
deixam sempre pra amanhã
o amanhecer que era pra hoje
logo de manhãzinha

solda

foto de iara teixeira

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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