Eu não quero perder nunca a capacidade de me deslumbrar com a sinceridade absoluta da obra de arte feita por artistas, famosos ou anônimos, não importa, que têm na expressão a sua ponte existencial. A manifestação de artistas que conservam o caráter sagrado da linguagem e recuperam o significado simbólico da forma. A arte pode ser a própria vida e pode ser maior do que ela quando, por seu intermédio, nós podemos entender melhor a existência. É o caso presente, no qual artistas criaram essas imagens com a suprema esperança de que nós possamos compreendê-los e de que eles mesmos possam perceber mais completamente a si mesmos. A arte como uma ponte entre os seres e como fator integrativo. Não há melhor definição para a arte do que essa: comunicação entre as pessoas e agente unificador do homem consigo mesmo e com o universo.
É um grande orgulho ter estado desde o inicio, acompanhar o aprimoramento, o empenho, o desejo de fazer mais, a vontade de perceber e ajudar o outro. Talvez, neste processo, tenhamos nos tornado um pouco melhores e ajudado a nós mesmos. No terceiro ano desse projeto social, já podemos falar numa tradição e no movimento crescente da solidariedade, a única marca possível do futuro e da sobrevivência da humanidade. Jabob Klintowitz, Curador.
Comissão julgadora de artes plásticas: Aldemir Martins, Claudio Tozzi, Jacob Klintowitz e Sérgio Longo; Comissão julgadora de poesia: Arnaldo Antunes, Eliana Curatolo, Leda Beatriz Abreu Spinardi (Ledusha), Marcia Rizzini e Vicente Adorno; projeto gráfico: Dupla Ação Publicidade e Promoções; projeto de capa: Fabio Imhoff; edição de arte: Rafael Murió. Patrocínio Cultural: Janssen-Cilag. 1ª edição, abril de 2001, tiragem de 5.000 exemplares. Faço parte deste livro. Com muito orgulho.