Um inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro obtido pelo jornal Extra mostra que um pacto fechado entre traficantes que se dizem evangélicos e milicianos da favela do Quitungo, na zona norte, resultou na união das quadrilhas.
O acordo foi descoberto pela polícia durante uma investigação sobre um duplo homicídio em Quitungo, no meio do ano passado. A Delegacia de Homicídios descobriu que as vítimas eram integrantes da milícia que não aceitaram o pacto com o tráfico e romperam com a quadrilha.
O pacto com a milícia resultou na expansão do “Complexo de Israel”, conjunto de favelas onde os traficantes usam símbolos do estado de Israel para demarcar o domínio.
“Há bandeiras hasteadas nas favelas Vigários Geral e Parada de Lucas e várias Estrelas de Davi desenhadas em muros pelas favelas. Uma teoria prevalente em algumas correntes evangélicas, particularmente as neopentecostais, prega que a criação do Estado de Israel foi o prenúncio da volta de Jesus Cristo.”