O petista sobe pelas paredes. Nicolás Maduro aparece na tevê e alguém o chama de ditador. “Pelo menos foi eleito’, retruca o petista, sempre a evocação de Michel Temer, o vice não eleito; os petistas converteram Dilma em marsupial, o bicho australiano que gesta o filho na bolsa fora da barriga. Vice que trai não é eleito.
Eu podia meter a colher: Maduro fraudou eleições, mexeu na constituição, criou milícias populares, quebrou o país com o populismo, subverteu o parlamento e a suprema corte. Mas no Brasil de hoje religião e gosto se discute, política, jamais. Já vi filho expulso de casa ao brigar com o pai ‘Trumponaro’.
Melhor calar, não voto em ninguém. O eleito, qualquer um, será marionete do Centrão. O alvo do rompante petista, calma de budista, pondera, às raias da meiguice: “Hitler também foi eleito, por esmagadora maioria. Putin é eleito e reeleito há trinta anos”. O petista continua enfezado, cegueira incurável, cérebro embotado.