Nos últimos dois anos, o PSDB encolheu drasticamente em participação na cena política nacional. Depois de seis eleições seguidas sendo o protagonista das disputas nacionais à Presidência da República, a legenda parece à beira da extinção, com apenas um senador.
Nos últimos anos, nomes que fizeram parte da história deixaram o partido, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, a senadora Mara Gabrilli e o deputado federal Beto Richa. Durante a semana foi a vez do líder do partido no Senado, Izalci Lucas.
A nova direção da legenda, do ex-governador Marconi Perillo, se opôs à filiação de Marcos do Val (PL-SP). Não fosse isso, Izalci provavelmente continuaria.
O PSDB tem apenas 13 parlamentares, sendo 12 deputados federais e somente um senador. Plínio Valério, agora o único remanescente, tenta levar na brincadeira a situação, que é bastante séria. “O difícil vai ser convencer a mim mesmo para seguir a bancada nas votações”, diz, aos risos.
Entretanto, ele reconhece que a condição do partido hoje é fruto das escolhas que foram feitas sobretudo nas eleições de 2022, quando o PSDB apoiou Simone Tebet em vez de ter candidato próprio.
Valério afirma que a Executiva Nacional tem tentado trabalhar para trazer novos nomes de peso ao PSDB, mas esbarra na falta de um posicionamento firme, para ditar quais serão os rumos do partido nos próximos anos. “Vejo o partido buscando seu rumo. O Eduardo Leite renunciou à liderança. O nosso presidente, Marconi Perillo, tem buscado outros centros, que não sejam São Paulo”, diz.
Ainda de acordo com o senador, um dos medos na próxima semana é que a legenda encolha mais, já que será o período da janela partidária para prefeitos e vereadores. Apesar do risco, ele garante que, no Senado, nada mudará, pois não tem intenção de deixar o PSDB tão cedo.