“Infelizmente é isso que as pessoas esperam, elas querem algo que seja 100% eficaz, ou seja, protege completamente. Você está vacinado, você fica de corpo fechado e, de preferência, 0% de efeitos diversos. Primeira notícia: isso não existe. Nem para vacinas, nem para medicamentos. O que existe sempre é uma redução do risco e um aumento do benefício”, afirmou durante o UOL Debate – Quando estaremos todos vacinados contra covid-19? desta terça-feira (4).
A conversa foi mediada pela jornalista Fabíola Cidral, apresentadora do UOL, e contou com a presença do oncologista Drauzio Varella e do infectologista Esper Kallás.
“A vacina vai reduzir o seu risco de adoecer, de acordo com a eficácia dela. Se tem você, que se vacinou, e o cara que não se vacinou, e vocês dois estão expostos às mesmas condições, ao mesmo local, à mesma circulação do vírus, o que a vacina vai fazer é reduzir sua chance de ficar doente. Reduzir em quanto? Reduzir em 70%, 50%, de acordo com a eficácia dela. Então é um bom negócio comparado com o cara que não se vacinou, mas não é total”, completou.