O escolhido para a cadeira de Rosa Weber herdará a relatoria de uma notícia-crime, apresentada em 2021, que pede a investigação de Alcolumbre e funcionários de seu gabinete por suspeita de prática de rachadinha. O processo, no site do STF, aparece como sigiloso.
A denúncia partiu de uma reportagem da revista Veja. Segundo a história, seis funcionárias foram contratadas, entre 2016 e 2021, com salários de até 14 mil reais, sob a condição de que ficassem com apenas uma parte do valor e devolvessem o resto. É um esquema básico, comum e pedestre de corrupção.
O Bastidor noticiou que, diante do favoritismo de Flávio Dino para a vaga no Supremo, padrinhos de Bruno Dantas, tentam as últimas cartadas em seu favor.
Além de Gilmar Mendes, Rodrigo Pacheco, Renan Calheiros, Arthur Lira e José Sarney, Dantas conta com o apoio de Alcolumbre. Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, ele tem potencial de atrapalhar o andamento de projetos de interesse do governo Lula, além de atrasar a análise de indicados a tribunais superiores.
Alcolumbre não tem em Dino, nem em Jorge Messias, outro cotado para a vaga, a proximidade e confiança – e a segurança – que encontra em Dantas.
Alcolumbre também tem preferência para a Procuradoria-Geral da República. Sem Augusto Aras no páreo, já escolheu Paulo Gonet. Lula, como mostrou o Bastidor, não tem pressa de escolher.