Uma capa de Trimano

No clássico da literatura Moby Dick, coleção juvenil da Abril Cultural, a decisão de dispensar o ícone criado pelo cinema com o Capitão Acab (ou Ahab, o barbudo Gregory Peck, do filme de John Houston), trocando-o pelo autor Herman Melville, sem o cachimbo, garante a autonomia do trabalho em sua originalidade. Ou seja, um indicador mais para o cinema russo do que para Hollywood. Neste caso, Trimano é quem aparece como um velho lobo do mar. As ilustrações internas – meia dúzia delas – trazem o requinte de um bico de pena elaborado com técnica e refinamento gráfico.

Na época, os desenhos despertaram a atenção do diretor de cinema Roberto Santos (A hora e a vez de Augusto Matraga) que estimulou Trimano a desenhar o cartaz do censurado Vozes do medo, de 1972, filme com doze episódios.

(Texto de Toninho Vaz para o site de artes gráficas do artista)

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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