Bolsonaro, a vítima

Dono do PL, Valdemar Costa Neto admitiu a interlocutores que passou do ponto de não-retorno sobre o apoio ao bolsonarismo e a Jair Bolsonaro. Além do muito dinheiro gasto, seu envolvimento e o de seu partido não permitem mais desistir do ex-presidente.

É por isso que o PL, institucionalmente, e Jair Bolsonaro vão brigar em organismos internacionais para denunciar o que vão chamar de perseguição política e desrespeito às liberdades políticas e individuais do ex-presidente e de seus apoiadores.

Acham que conseguem repetir o caminho percorrido por Lula, conquistando o apoio internacional contra a sua perda de direitos políticos e o que chamam de perseguição judiciária contra ele e sua família.

Uma prisão de Bolsonaro nos próximos meses coroaria a estratégia, diz um deputado do PL inteirado das conversas.

A estratégia é construir uma narrativa de vítima para o eleitorado e, fora do país, para organismos multilaterais e a direita internacional. Admitem não conseguir reverter a inelegibilidade para as eleições de 2026, mas tentam preparar o terreno para garantir que Bolsonaro se mantenha um grande eleitor.

 

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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