Dono do PL, Valdemar Costa Neto admitiu a interlocutores que passou do ponto de não-retorno sobre o apoio ao bolsonarismo e a Jair Bolsonaro. Além do muito dinheiro gasto, seu envolvimento e o de seu partido não permitem mais desistir do ex-presidente.
É por isso que o PL, institucionalmente, e Jair Bolsonaro vão brigar em organismos internacionais para denunciar o que vão chamar de perseguição política e desrespeito às liberdades políticas e individuais do ex-presidente e de seus apoiadores.
Acham que conseguem repetir o caminho percorrido por Lula, conquistando o apoio internacional contra a sua perda de direitos políticos e o que chamam de perseguição judiciária contra ele e sua família.
Uma prisão de Bolsonaro nos próximos meses coroaria a estratégia, diz um deputado do PL inteirado das conversas.
A estratégia é construir uma narrativa de vítima para o eleitorado e, fora do país, para organismos multilaterais e a direita internacional. Admitem não conseguir reverter a inelegibilidade para as eleições de 2026, mas tentam preparar o terreno para garantir que Bolsonaro se mantenha um grande eleitor.