Veja-se!

Crítica do filme A Vida de Outra Mulher (La Vie d’une Autre, 2012) “..não importa para onde vão ou se serão felizes, o que importa é você sonhar..” Em seu primeiro longa metragem, como diretora, Sylvie Testud explora a mágica do universo da viagem no tempo, com toda a trama sendo executada por personagens carismáticos, porém, bastante complexos, que às vezes se perdem nas composições e direcionamentos que a história vai rumando. A musa francesa Juliette Binoche mais uma vez exala talento e se torna um dos destaques da fita.

Na trama, que tem o roteiro baseado em um livro de Frederique Deghelt, somos apresentados rapidamente e sem enrolação à uma jovem morena francesa que se apaixona perdidamente por um rapaz e após uma noite de muito carinho e acorda anos mais tarde e descobre que é  mãe de um menino e que seu marido(que é o mesmo que ela passara à noite anos atrás) e ela estão no meio de um divórcio. Assim, a jovem, agora madura, precisa reconquistar muitas pessoas importantes em sua vida que deixaram lacunas por conta do rumo em que sua vida se determinou.

O filme aborda questões interessantes sobre o futuro de uma jovem que possui dúvidas e sofre com a doença do pai. Quando é modificado seu universo,ela percebe que a partir de algumas decisões tomadas, sua vida e sua personalidade foi modificada de alguma forma e essa busca é um elo importante com o espectador, onde juntos, vão descobrindo as respostas.

O roteiro ganha o público pelos excelentes (e profundos) diálogos. A ato final, a declaração, a exposição do sentimento de maneira viva, nua e crua é algo primoroso e leva às lágrimas os cinéfilos que conseguem se identificar, de alguma maneira, com aquela história. É impressionante como Binoche se transforma nos personagens, mesmo o filme ser longe de ser um espetáculo, a artista francesa precisa de poucos minutos para ganhar a confiança e simpatia do público. Vejam todos os filmes dela, mas assistam por ela, super recomendado!

Em seu desfecho, as opiniões serão diversas. Na cena final, não importa para onde vão ou se serão felizes, o que importa é você sonhar! Veja esse filme! Raphael Camacho

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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