Pra eu poder te desenhar,
Eu sou a rua pinça, mina.
Cheguei pra te depilar. Te penteio com o meu pente, nega.
Cheguei pra te depilar. Te penteio com o meu pente, nega.
Te pinto com minha broxa, grenha,
Despenteio a tua tocha cheia,
Despenteio a tua tocha cheia,
Faço o teu pêlo desenrolar.
Pêlo sim e pelo não,
Não me faz embaraçar,
Que eu te descabelo toda, mola.
Pena e pluma a deslizar. Me revolto e te revolvo,
Não me faz embaraçar,
Que eu te descabelo toda, mola.
Pena e pluma a deslizar. Me revolto e te revolvo,
Minha garotafina fina,
Faço de você boneca,
Cabeluda colombina.
Mexe-mexe com as madeixas.
Mata densa emaranhada.
Mete isso na cabeça,
Mete isso na cabeça,
Mecha luz enraizada.
O meu pente banguela.
Todos os dentes perdeu,
A tua crina, megera,
A tua crina, megera,
Minha palma amoleceu.
Fica paradinha aí,
Que eu quero só te espiar,
Faz de mim o teu reflexo.
Tua imagem a me mirar.
Que eu quero só te espiar,
Faz de mim o teu reflexo.
Tua imagem a me mirar.
Barbara Gancia, 48, é colunista da Folha de S. Paulo e da BandNews FM e apresentadora do Bandsports. Ela se depila com uma receita caseira de açúcar queimado.
O livro Moças Finas nasceu neste blog, quando comecei a publicar as moças finas do Orlando Pedroso. Além do prefácio da Barbara, o cartunista que vos digita também meteu o bedelho e prefaciou, a pedido do autor. Rá! Solda.