A divulgação da compra de um lote de 35 mil comprimidos de Viagra pelas Forças Armadas e a investigação sobre a aquisição de próteses penianas fazem parte de uma estratégia para blindar o governo com uma cortina de piadas.
“Ninguém fala mais dos escândalos diários de corrupção, das rachadinhas, dos pastores ou das mansões. Só se comenta que não há forças nem armadas nos quartéis brasileiros”, observou o analista de guerras híbridas Bráulio Maciota. “Mas o Brochagate pode ir longe. ‘Follow the dildo’”, completou.
Para manter a cortina de piadas, o governo vazou nudes secretos que mostram que o Exército brasileiro está em guerra com o Peru. “Mas é bom deixar claro que, até agora, apesar de muito estímulo, o conflito não parou em pé. Não tem nada firme”, evidencia um memorando produzido em papel manteiga.
Para tirar o foco do enriquecimento ilícito distribuído pelo orçamento secreto, o gabinete do ócio entrou em ação.
O governo brasileiro solicitou uma inspeção no centro nuclear de Alexandre Frota em busca de evidências de enriquecimento de testosterona acima de 90%. “Por enquanto, a comunidade internacional pode dormir em paz. Ainda não temos tecnologia para produzir uma bomba platônica”, explicou o diretor Brian Idle Cock.
A notícia desabonadora caiu como uma meia-bomba nos círculos militares. Em paralelo, o general Eduardo Pazuello foi destacado para organizar a logística de distribuição de próteses para os cabos aposentados.
O projeto, batizado de “Operação Mandrião”, teve a seguinte justificativa: “O preço da gasolina sobe. Tudo no supermercado sobe. A rejeição ao presidente sobe. A fim de tirar o foco de tudo isso, precisamos agir para que pelo menos nossa libido acompanhe esse movimento ascendente”.
Analistas mais experientes garantem que, apesar de fazer muita força, a popularidade de Bolsonaro não sobe mais.
Obcecado com a ideia de empatar a foda eleitoral caso sua candidatura permaneça flácida, o presidente prometeu apresentar provas de que as ereções foram fraudadas. “O PT acabou com a liberdade de brochar nesse país”, argumentou, com o cenho em repouso.
No final da tarde, generais de cinco estrelas subiram o tom e fizeram ameaça quase contundente às ereções. “A compra de Viagra e de próteses penianas mostram que não vamos medir esforços em busca de uma dita dura.”