Virando o disco (confete e serpentina).

Não se trata de monitorar o carnaval diuturnamente (afinal, carnaval tem todo ano), apenas de evocar a miscelânea da/na nossa cultura. Hoje bolero, amanhã reagge ou jazz. Samba sim, desde que bem acompanhado.

Veja o flagrante em exibição: a foto histórica mostra a volta de Paulinho da Viola às quadras da Portela, depois da discórdia e da criação da Tradição. As águas rolaram (como as pedras) e, onze anos mais tarde, Paulinho voltou escoltado por duas velhas guardas: Da esquerda para a direita, a Portela: Zé Carlos (produtor), seu Alberto, Argemiro (já falecido) e Casquinha. Paulinho (que entrou na quadra com o pé direito) e a turma da Mangueira: Xangô, Cumprido e Darcy do Cavaco. Dulce (produtora, já falecida).

Eu era o diretor do programa Manhã de Carnaval para a TV Globo, 1991. A foto é do cinegrafista José de Arimatéia, ainda hoje trabalhando no Jardim Botânico. Não havia nenhum diretor da Portela, como eles queriam. Depois fomos para um boteco em frente tomar cerveja, quando cada sambista mostrou suas últimas criações e, no final, todos cantamos em coro:

Ilu Ayê, Ilu Ayê, odara… Nego dançava na nação nagô, depois chorou lamento de senzala, tão longe estava da sua Ilu Ayê…

Repica bateria, arrreeepiiia Portela!!!!

Toninho Vaz , do Bloco das Carmelitas para o blog do Solda

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Geral, Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

2 respostas a Virando o disco (confete e serpentina).

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.