Virou piada

A desculpa dada pelo ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que teria tido contato, no fim de semana, com dois coronéis auxiliares que foram infectados pelo coronavírus – e conseguiu adiar por 15 dias seu depoimento na CPI da Covid – virou piada nacional. Nas redes sociais proliferam gozações sobre o fato e circulou na rede um festival de cartuns expondo Pazuello a situações ridículas.

Malgrado a desculpa tenha ganhado até comunicado oficial do Exército, o que aconteceu foi que os assessores que vinham preparando o ex-ministro para depor consideraram que ele estava “muito nervoso” e poderia ser vítima na CPI de seu temperamento explosivo com integrantes da comissão.

Outro motivo de preocupação de integrantes do Planalto é que senadores da oposição explorem a gravação em que Pazuello, ao lado de Bolsonaro, declarou que “um manda e outro obedece”. A ideia é que o ex-ministro consiga afastar a acusação de que o presidente é o principal responsável por todas as decisões e omissões no combate à pandemia. No treinamento, ele teria demonstrado dificuldades de responder sobre contratos que assinou e sobre a função do marqueteiro contratado Marquinhos Show.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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