Protesto de taxistas, ontem, contra a violência
no Rio. (Foto O Globo)
Aconteceu novamente. Mais um fracasso desta estúpida política de enfrentamento que a Policia carioca – através do almofadinha Sergio Cabral, o governador da hora – decidiu adotar no combate a criminalidade. As conseqüências são trágicas e diárias. Já foram contabilizadas, este ano, centenas de mortes e a criminalidade não diminuiu… Sem falar das tragédias paralelas que as ações militares provocam com as mortes de civis e inocentes. O caso do menino João Roberto, filho de um taxista, enterrado ontem depois de metralhado por dois PMs que tinham como alvo o carro da sua mãe (perigosamente acompanhada de outro bebê de três meses), é apenas mais um a fomentar a estatística.
Durante muito tempo o governo de Leonel Brizola (que se recusava a colocar a policia nos morros: “Antes precisamos dar educação, saúde e trabalho para depois invadir a favela. Diante da omissão do estado, eu já sei o que vamos encontrar lá em cima: miséria”. foi acusado de facilitar a vida de traficantes e bandidos de morro. A banda reacionária da sociedade sempre exigiu o pé-na-porta do barraco e metralhadora em punho, sem considerar o despreparo da Polícia, hoje uma entidade tão suspeita como qualquer quadrilha. Brizola dizia que nem as armas e nem a cocaína eram fabricadas no alto do morro:
“O governo federal se isenta de responsabilidades, mas é das fronteiras abertas do país que chegam armas e drogas, graças à corrupção”. Ou seja, meninos, enquanto não se conseguir moralizar o conjunto da sociedade, vamos nós continuar à mercê das atitudes típicas de um povo atrasado e de um governo arbitrário, em tudo ainda subdesenvolvido apesar do glamour global provocado pelo avanço tecnológico. Um falso brilhante.Toninho Vaz, de Santa Teresa.
Uma resposta a Visto assim do alto