O documentário nasceu de uma clara obsessão o filme “Wilde Salome”, que Al Pacino, homenageado do Festival de Veneza 2011, apresentou em sessão especial para jornalistas, fora de competição.
Desde que leu a peça “Salomé”, escrita por Oscar Wilde, ele diz ter se encontrado. Daí veio a ideia de fazer um filme que é um misto de registro de uma leitura da peça e um documentário sobre o filme, sobre Oscar Wilde – com entrevistas de Bono, Gore Vidal e Tom Stoppard – e sobre o próprio Al Pacino.
Ainda registra a grande performance da atriz Jessica Chastain, de “A Árvore da Vida”, que faz o papel de Salomé. Na peça, rejeitada por João Batista, a princesa da Judéia, Salomé, pede sua cabeça ao padrasto, o rei Herodes.
O filme deixa óbvia o amor de Pacino pela obra, mas também os bastidores de uma peça de teatro, de um filme e uma espiada na personalidade do ator – um líder apaixonado, às vezes difícil e até megalomaníaco, que, no fim, precisa lidar com o tamanho desafio que se impôs.