Zagueiras sinceronas

Sophia Kleiherne, zagueira da seleção alemã, criticou Neymar pelo cai-cai, de todos conhecido, a manha que desabona o atleta. Cobraram dela, disseram que os brasileiros não gostaram. Sophia nem aí, disse que não se arrepende nem tem que desdizer a verdade. Quem critica não conhece os alemães. Como tenho um pedaço de família alemã, não me aventuro a defender Sophia, porque alemão nenhum precisa de defesa. Limito-me a justificar, um fato simples: alemão é sincero, diz tudo na lata, na língua dura que fala.

Aprendi com a nora alemã, mulher belíssima, poderosa, mas sem sutilezas e meias palavras. Quando a conheci, ela me levou à KDW, loja de Berlim, onde comprei um par de sapatos. Ofereci presentear-lhe um par, tanto pela gentileza, quanto pela obsessão por sapatos e pés femininos (ela calça 40, número sensual e tem pés deslumbrantes). Ela recusou, não ofendida, mas surpresa: “Por que é que você tem que me pagar sapatos?” Aprendi a lição, quase vinte anos atrás e hoje não pago nem cafezinho para a amantíssima nora, mãe dos três netos.

Annika nunca jogou futebol, mas daria uma excelente zagueira. 

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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