A deputada federal Carla Zambelli (foto; PL) será convocada pela Polícia Federal a prestar esclarecimentos depois que o ex-comandante das FAB, Carlos de Almeida Baptista Júnior, afirmar em depoimento que a parlamentar o pressionou a apoiar um golpe que manteria Jair Bolsonaro no poder. A informação foi confirmada ao jornal O Globo por policiais envolvidos na operação.
A conversa entre Zambelli e Baptista Júnior teria ocorrido um dia após a reunião no Palácio da Alvorada em que Bolsonaro consultou os chefes militares sobre a possibilidade de editar um decreto com instrumentos jurídicos que pudessem mantê-lo no poder.
Como noticiamos, o trecho integra os depoimentos sobre a tentativa de golpe de Estado, que tiveram o sigilo quebrado nesta sexta-feira, 15, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Segundo Baptista Júnior, Zambelli fez o “pedido” pessoalmente durante a formatura dos aspirantes à oficial da Força Aérea Brasileira na cidade de Pirassununga, no interior de São Paulo.
“Brigadeiro, o senhor não pode deixar o presidente Bolsonaro na mão”, teria dito a deputada.
O ex-comandante teria respondido: “Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade”.
A deputada federal Carla Zambelli será convocada pela Polícia Federal a prestar esclarecimentos depois que o ex-comandante das FAB, Carlos de Almeida Baptista Júnior, afirmar em depoimento que a parlamentar o pressionou a apoiar um golpe que manteria Jair Bolsonaro no poder. A informação foi confirmada ao jornal O Globo por policiais envolvidos na operação.
“Brigadeiro, o senhor não pode deixar o presidente Bolsonaro na mão”, teria dito a deputada.
O ex-comandante teria respondido: “Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade”.
O depoimento aponta ainda que Baptista Júnior procurou o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira e relatou o encontro com a deputada.
Resposta de Zambelli
Após o depoimento do ex-comandante da Aeronáutica ser divulgado, Zambelli utilizou suas redes sociais para se defender.
“Eu não sabia que generais de alta patente aceitavam pressão de uma deputada de baixo clero. Nossas Forças Armadas já tiveram comandantes melhores. Triste”, publicou a deputada.Em uma nota divulgada por sua defesa, Zambelli afirma desconhecer “os fatos envolvendo essa minuta, reiterando que igualmente jamais anuiria, pediria ou solicitaria algo irregular, imoral ou ilícito”.