Golpe em doses homeopáticas

Os fundamentos de um governo autoritário já estão sendo estabelecidos no País.

Quase todos os o recentes livros que tratam da ameaça à democracia nos últimos anos ressaltam que o golpe já não funciona como antigamente. Não mais pronunciamentos militares e velhos tanques desfilando pelas ruas empoeiradas. Os autores desses livros dizem que a democracia é golpeada por dentro e as instituições vão tombando progressivamente, de forma que quando as pessoas se dão conta o regime autoritário já se instalou no país.

Algo parecido está acontecendo no Brasil. Não me canso de denunciá-lo, correndo o risco de parecer exagerado.

A decisão do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello, que subiu num palanque em manifestação pró-Bolsonaro, é um exemplo dramático desse processo. As Forças Armadas foram seduzidas pelo governo e inundaram os cargos públicos federais. Agora, o Exército rasga seu estatuto disciplinar para, segundo alguns, não criar uma crise maior com Bolsonaro.

A participação na pandemia, ocupando o Ministério da Saúde com um general que ignora a doença, o SUS e a própria medicina, já foi uma demonstração de insanidade, complementada pela produção em massa de comprimidos de hidroxicloroquina nos laboratórios do Exército. Abrir mão do estatuto disciplinar é simplesmente capitular. Se a Bolívia quisesse o Acre e a França o Amapá, iríamos conceder o território só para não criar uma crise maior? No domínio simbólico, abrir mão da disciplina para agradar a Bolsonaro é ceder terreno moral, tão grave como abrir mão de território físico para não criar crises maiores.

Alguns importantes observadores garantem que as Forças Armadas não aderem a uma aventura golpista. Isso me lembra um pouco os argumentos da esquerda, que a cada batalha perdida dizia: não importa, venceremos a guerra. É uma tradução da crença religiosa de que, apesar de todas as quedas e dos sofrimentos, isso nos leva ao reino dos céus.

As coisas chegam já ao absurdo de termos como suspeita de difundir fake news e propaganda antidemocrática uma brigada de artilharia antiaérea. Supostamente deveria estar bombardeando inimigos externos, em caso de guerra, e não disparando tuítes contra adversários do governo, ou mesmo defensores da democracia.

Isso faz parte de um processo que a Procuradoria-Geral da República quer enterrar. Interessante observar como essa instituição também capitulou ao longo do tempo. Bolsonaro escolheu para sua chefia um nome que não estava na lista tríplice. Augusto Aras é um homem agradecido ao presidente e espera dele, na melhor das hipóteses, uma cadeira no STF e na pior, seguir com novo mandato em seu posto atual.

Durante a crise em que Bolsonaro impôs sua vontade ao Exército, dois pesados silêncios foram registrados no campo político. Os presidentes da Câmara e do Senado, ambos eleitos com apoio de Bolsonaro, nada falaram. Forças Armadas, dirigentes do Congresso, Procuradoria-Geral da República, quase como na Venezuela, está tudo dominado pela vontade presidencial.

Como se não bastasse, há o lento processo de sedução das Polícias Militares, que respondem afirmativamente aos acenos de Bolsonaro. Segundo relatos da imprensa, o próprio comandante da PM em Pernambuco ordenou a repressão a manifestantes. Em Brasília, um comandante da PM encerra seu discurso com o slogan do governo Bolsonaro. Se levarmos em conta o discurso de Bolsonaro de que as pessoas devem ter armas para se rebelar contra governos e sua campanha de combate às urnas eletrônicas, é possível concluir que não aceitará derrota nas urnas. Pode-se pensar que isso seja um problema para 2022. Mas a verdade é que os fundamentos de um governo autoritário já estão sendo estabelecidos no Brasil. Uma política de terra arrasada na cultura, a sistemática destruição de nossos biomas e bandeira branca na porta das instituições, tudo isso já é um sinal de profunda decadência da democracia.

Em países como Israel e Hungria, por motivos diferentes, foi erguida uma frente única agregando forças até mais heterogêneas do que existem no Brasil.

No entanto, aqui ainda não há o sentido de urgência. Reina uma certa tranquilidade, muitos se dedicando aos projetos políticos próprios, sem levar em conta que a posição do Exército indicou uma inflexão radical na conjuntura. Poucos levam em conta que Bolsonaro usa dinheiro público para fazer sua campanha de reeleição. Suas viagens custam caro. Nos lugares onde se manifesta com seus motociclistas, a sociedade local também paga pela segurança. No Rio, os gastos da PM para protegê-lo foram de R$ 645 mil.

Enquanto muitos parecem aceitar silenciosamente esse destino, o governo avança e quer estender sua influência a outros campos. O bolsonarismo quer um novo técnico para a seleção de futebol, o general vice-presidente sugere que Tite deve treinar o Cuiabá. Brevemente vão nos ensinar como viver. E aí talvez seja tarde demais para resistir.

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Esconderam de mim por 32 anos que Paulo Leminski era meu pai, diz músico

O músico Paulo Leminski Neto, também chamado de Luciano “Lucky” da Costa, e o poeta Paulo Leminski (nas fotos ao fundo): semelhança inegável. Confira aqui!

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Flagrantes da vida real

Todos de máscara. © Maringas Maciel

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Cristiane Torloni. © Playboy

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Bolsonaro, um verdadeiro anjo da morte, quer mais. Muito mais

Primeiro, ele desdenhou da peste. Depois, incentivou e promoveu aglomerações. Em seguida, prometeu a cura através de medicamentos ineficazes. E continuou a saga assassina sugerindo à população enfrentar o vírus de “peito aberto”, para, ao final, ignorar, maldizer, rejeitar e não adquirir as vacinas contra a Covid-19.

O devoto da cloroquina, desde o início da pandemia no País, fez tudo o que pode, e o que não pode, para ajudar o corona a matar milhares de brasileiros e destruir, de uma vez por todas, a economia do Brasil. Ao maníaco do tratamento precoce só interessam seu mundo doente, sua mente perturbada, seus instintos homicidas e sua sanha inabalável pela destruição.

A mais nova arma de extermínio do amigão do miliciano Queiroz, o carequinha que entupiu a conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, com 89 mil reais em cheques, é liberar o uso de máscaras – medida comprovadamente eficaz e em pleno uso nos países que vêm obtendo êxito no combate ao coronavírus – por quem ou já foi contaminado ou encontra-se vacinado.

Esse psicopata, em eterno surto, já declarou que o uso de máscara é um tabu que precisa cair. Baseado em qual evidência? Bem, na mesma que diz que vermífugo cura Covid. Mas quem disse que o mito precisa de evidências além do que zurram seus fanáticos abutres? Até porque, convenhamos, sua capacidade intelectual e cognitiva não ultrapassa a barreira dos próprios olhos e ouvidos.

Enquanto estiver aboletado na Presidência da República, o pai do senador das rachadinhas e da mansão de seis milhões de reais irá continuar sua cruzada em prol da doença e da morte. Caberá, portanto, às Instituições de Estado e à própria sociedade civil, além da eterna vigilância, contra-medidas sanitárias para proteção dos brasileiros. Ainda que isso nos custe, cada vez mais, doses cavalares de paciência e resiliência.

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Playboy|1950

1954|Sandra Edwards. Playboy Centerfold

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CPI da Covid aprova quebras de sigilos de Pazuello e integrantes de ‘Ministério paralelo’

Na sessão de hoje da CPI da Covid, foram aprovados pedidos de quebras de sigilo telefônico e telemático de 19 pessoas. Todas com envolvimento no chamado “Ministério da Saúde paralelo”.

Na lista dos requerimentos de levantamento de sigilos aprovados, estão os do assessor internacional da presidência Filipe Martins; dos ex-ministros Ernesto Araújo e Eduardo Pazuello; dos médicos Paolo Zanotto e Luciano Dias e de Mayra Pinheiro, secretária de Educação e Trabalho do Ministério da Saúde.

Além disso, também foram aprovadas as quebras de sigilo bancário e fiscal de três empresas de publicidade e de uma entidade sem fins lucrativos. Todas envolvidas com o governo federal.

Amanhã, a CPI da Covid vai fazer uma sessão temática, às 9h, com especialistas para debater ações preventivas ao novo coronavírus. Está confirmada a participação de Natalia Pasternak, microbiologista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) e de Cláudio Maierovitch, médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz e Ex-Presidente da Anvisa.

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Elas

Klimt, o simbolista austríaco, é conhecido por quadros como O Beijo e seu retrato de Adele Bloch-Bauer I. Embora essas imagens sejam muito sensuais, bem como outros de seus quadros que retratam nus, nada é tão erótico como “Mulher se Masturbando”.

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E o gado fomos nós

A CPI da Covid já pode concluir os trabalhos. Está comprovado que Bolsonaro apostou na imunidade de rebanho ao expor o povo brasileiro à doença

Ainda falta ouvir algumas autoridades e especialistas. Mas, pelo que se viu do segundo depoimento do Marcelo Queiroga à CPI da Pandemia, será pura perda de tempo. Os (ir) responsáveis do governo Bolsonaro continuarão na defensiva, negarão os fatos e vão fazer de tudo para isentar o chefe de culpa no cartório. Mas já há elementos mais do que suficientes para incriminar o Capitão Corona e seus subordinados. A CPI já pode concluir seus trabalhos. Bolsonaro é o principal responsável pelo alto número de mortes pela Covid. Se seu governo não tivesse sabotado o combate à Covid-19, as famílias não estariam chorando quase meio milhão de mortos por todo o país.

O mais grave é que Jair Bolsonaro agiu de forma pensada e impiedosa. Se alguém tem dúvida, recomenda-se a leitura do relatório do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo sobre a ação federal e a disseminação da Covid-19. O estudo publicado em janeiro deste ano foi atualizado a pedido da CPI. Seus resultados “afastam a persistente interpretação de que haveria incompetência e negligência da parte do governo federal na gestão da pandemia”. Ao contrário, “a sistematização de dados revela o empenho e a eficiência em prol da ampla disseminação do vírus no território nacional”.

Em suma, Bolsonaro apostou todas as fichas na “teoria da imunidade de rebanho” com o objetivo de retomar a atividade econômica o mais rápido possível. Entregou o povo brasileiro à própria sorte. A disseminação da Covid-19 foi promovida de forma sistemática em âmbito federal, com a economia ganhando prioridade à frente da saúde. É o que se conclui da leitura de normas federais, jurisprudência, discursos oficiais, manifestações públicas de autoridades federais e busca em plataformas digitais. Essas fontes de informação demonstram “a intencionalidade, a consciência dos atos e omissões praticados e a vontade de praticá-lo”.

Segundo o estudo da Faculdade de Saúde Pública da USP, Jair Bolsonaro foi coerente entre o que disse e o que fez. Além da defesa da imunidade de rebanho (ou coletiva) por contágio como forma de resposta à Covid-19, que levaria ao controle da pandemia, o Capitão Corona incitou a população à exposição ao vírus e ao descumprimento de medidas sanitárias preventivas. Negou a gravidade da doença, fez apologia à coragem de não usar máscara e vendeu a suposta existência de um “tratamento precoce” para a Covid-19, que foi convertido em política pública.

Houve também a banalização das mortes e das sequelas causadas pela doença, difundindo-se a ideia de que faleceriam apenas pessoas idosas ou com comorbidades, ou pessoas que não tivessem acesso ao “tratamento precoce”. Sem esquecer a obstrução sistemática às medidas de contenção promovidas por governadores e prefeitos, sob o argumento de que as medidas de isolamento causariam fome e desemprego. O estudo destaca a ausência de medidas de prevenção da doença e os ataques aos críticos da resposta federal, à imprensa e ao jornalismo profissional, sempre questionando a dimensão da doença no país.

O relatório é incontestável. E a aposta na imunidade de rebanho resultou em meio milhão de mortes. Sem resposta para as acusações, Bolsonaro tenta manipular os números. Na noite de domingo, o auditor do TCU Alexandre Figueiredo, ligado aos filhos de Bolsonaro, incluiu no sistema interno do Tribunal de Contas da União um documento que contesta o número de mortos pela Covid. Das 195 mil mortes registradas até o fim de 2020, 115 mil teriam outras causas. As mortes seriam superdimensionadas. Mas as duas páginas elaboradas por Figueiredo já tinham sido refutadas por seus colegas. E o TCU ressalta que, além de não fazer parte de processos do órgão, o documento não tem respaldo em fiscalização do órgão. Bolsonaro, porém, citou o documento na segunda-feira de manhã como se fosse conclusão oficial do TCU.

A esta altura, não adianta distorcer os fatos. A disseminação do vírus foi intencional. A CPI pode se estender por meses, mas o culpado pelas mortes é conhecido de todos. Ele continua a andar por aí de motocicleta, sorridente e sem máscara. Cedo ou tarde, o Capitão Corona vai pagar pelo desrespeito à vida e os crimes contra a saúde pública.

Octavio Costa

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Playboy|1970

1979|Sylvie Garant. Playbloy Centerfold

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Antigos ofícios

Outro dia, andei rememorando os ofícios antigos – profissões que não existem mais ou estão em vias de extinção, mas que por muito tempo foram essenciais para a caminhada da humanidade, até serem engolidas pelo progresso e substituídas pela tecnologia.

Ali se encontra o carpinteiro, o amolador de facas, o barbeiro, a costureira, o ferreiro, o gráfico, o sapateiro, o latoeiro, o açougueiro, o alfaiate, a rendeira, o padeiro, o boticário, os tecelões… Gente humilde, mas talentosa, que fazia (e ainda faz) do trabalho a sua arte e do ofício uma missão.

Gosto de relembrá-los. Com eles retorno a momentos de saudosa memória, a tempos bem mais simples e saudáveis, em que as pessoas valiam pelo que faziam e pelo que produziam em benefício da coletividade e não pelo patrimônio que reuniam ou exibiam.

Meu avô Heitor, antes de passar a registrar nascimentos, casamentos e óbitos, como escrivão, foi seleiro, fabricava e vendia selas, selins e arreios, na vila de Araucária, antes que ela se transformasse em cidade e virasse a desgraça que hoje é. Foi o modo que encontrou para sustentar a família, nos primórdios do século passado.

O outro avô, Guilherme, era carpinteiro, profissão que aprendera ainda menino em Berlim, na Alemanha, onde nascera. Levava o ofício a sério, era um perfeccionista, não aceitava coisas mais ou menos bem feitas e não se limitava a fazer móveis e outras peças de madeira. Projetou e construiu, com caprichado resultado, muitas casas que se encontram ainda de pé e em plena utilização na velha Lapa dos heróis, onde nasci.

Dos meus tios mais próximos, um era sapateiro; o outro, merceeiro. O primeiro, doce criatura, batia sola, costurava o couro e pregava solados até altas horas da noite. Nunca reclamou disso. Era feliz no que fazia, ainda que só ganhasse o suficiente para sobreviver. O segundo encostou balcão a vida inteira. Tinha uma pequena venda. Mas no negócio de secos e molhados era mestre. Também não deixou fortuna, apenas um bom nome na praça e isto lhe foi suficiente.

Hoje, a indústria, as grandes corporações, tomaram conta do pedaço. Mesmo nesta Curitiba, que ainda guarda resquícios de província, não há mais selarias, ferrarias ou latoeiros. Raros são os açougues à moda antiga; quase não se acha mais alfaiates, encanadores, costureiras, mercearias; as padarias modernizaram-se, o pão quentinho já é mero coadjuvante; os barbeiros viraram cabeleireiros e ganharam grife.

Ninguém quer mais ser marceneiro, pintor de paredes ou eletricista. Agora, todos querem ser doutores, cursar uma faculdade e sair dali com um diploma nas mãos. E assim, com as chaves da graduação superior, chegam ao mercado. Só que muitas serão as chaves e poucas as portas. E aqueles que não encontrarem portas para abrir não terão alternativa: com chaves e tudo, irão atuar em supermercados, shoppings, restaurantes; fabricar sucos e sanduíches ou dirigir táxis/úberes, sem nenhuma ofensa aos mercadistas, shoppinistas, garçons, sanduicheiros e taxistas.

Não por acaso, meu saudoso amigo Rubem Alves, que passou a vida educando, tinha uma tese interessante, com a qual concordo inteiramente: ao ingressar numa universidade, todo aluno deveria, ao mesmo tempo em que cursa um curso universitário “nobre”, como medicina, direito, engenharia, jornalismo, pedagogia, biologia, odontologia, psicologia etc., aprender, ali mesmo, um ofício, como de jardineiro, pedreiro, serralheiro, mecânico etc. Rubem chegou a fazer essa proposta ao corpo docente de uma conceituada escola superior de São Paulo. Acharam que ele estava brincando.

E nós, lamentavelmente, estamos fadados a, muito em breve, encontrar os virtuosos (e indispensáveis) artífices e artesões apenas em antigas folhinhas de parede, nas velhas enciclopédias ou em histórias do passado.

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Copandemia

Escrevendo aqui sobre mais essa encrenca criada por Jair Bolsonaro com a ideia besta de fazer o torneio da Copa América no Brasil, falei sobre os riscos de imagem para os patrocinadores de um torneio realizado em meio a uma pandemia com quase 500 mil mortes.

É bastante perigoso. A previsão é de que virá mais desgraça nos próximos dias, com uma terceira onda da Covid-19 caindo sobre nossas cabeças, sem que sequer tenha acabado nenhuma das anteriores. Quem iria querer associar sua imagem a este clima de desespero e dor?

Houve uma ameaça de que jogadores da Seleção Brasileira não aceitariam participar, mas no final não houve resistência de fato, o que não é de causar surpresa. Espantoso mesmo seria ver um gesto de dignidade desses atletas da atualidade.

Porém, nas grandes corporações pode também não haver humanismo, mas jamais vai faltar-lhes sensibilidade aos riscos com a imagem das suas marcas. A Mastercard já havia desistido de patrocinar o torneio no Brasil. Agora foi a Ambev que anunciou que não vai colocar sua marca neste evento fora de hora.

É uma decisão sensata, afinal a Covid-19 mata e deixa sequelas graves em seres humanos. Claro que o contágio pode também ser letal em marcas comerciais.

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Ajuda ao Pitta

Um dos grandes atores do Paraná, Emílio Pitta está passando por dificuldades. Está internado no Hospital do Idoso, em Curitiba, com problemas de saúde que o acometem há pelo menos dois anos. Está com princípio de Alzheimer. Não, ele não está com a Covid-19. O diretor de televisão, e muito amigo do Pitta, o Manaoos Aristides, junto com a filha Fernanda Pitta, está com a campanha Vakinha para ajudar o grande ator de teatro, cinema e telenovelas. Por favor, faça sua contribuição.

Acesse o site da Vakinha em https://vaka.me/2091271 eu já contribuí…. o valor é você quem decide, artista, amigo, gente do bem.

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