2015|Atentado terrorista ao Charlie Hebdo

Charlie-Hebdo

Capa de novembro de 2012. Casamento gay

Terroristas invadiram a redação do jornal “Charlie Hebdo”, em Paris. Meses depois outro atentado terrorista assustaria a França.

A HISTÓRIA

Sete de janeiro de 2015. Onze e meia da manhã em Paris. Dois homens vestidos de preto e fortemente armados invadiram a redação do jornal satírico Charlie Hebdo. A ação durou poucos minutos e resultou em 12 mortos, entre jornalistas e policiais. Entre os mortos, George Wolinski, de 80 anos, uma lenda do cartunismo mundial. Na fuga, um dos terroristas executou, a sangue frio, um policial caído na calçada. As imagens chocaram o mundo. A polícia francesa logo identificou os autores do atentado: os irmãos franco-argelinos de origem muçulmana, Said e  Cherif  Kouachi, de 34 e 32 anos, respectivamente.

O Charlie Hebdo é um jornal semanal satírico, notabilizado por suas caricaturas de forte conteúdo antirreligioso. Alvos de muitas polêmicas, os chargistas do Charlie Hebdo não poupam ninguém: políticos conservadores, catolicismo, islamismo, judaísmo. Em 2011, o jornal foi alvo de um atentado em represália a uma caricatura do profeta islâmico Maomé.

Oitenta mil policiais foram mobilizados na caçada aos irmãos argelinos. A população de Paris foi às ruas em protesto contra o terrorismo. Uma onda de indignação e solidariedade se espalhou pelo mundo, com manifestações na maioria das grandes cidades do planeta. O slogan “Je Suis Charlie”(Eu sou Charlie) tomou conta das ruas.

Dois dias depois, em 9 de janeiro, o terror voltou a se manifestar na França e despertou a atenção do mundo. Foram dois incidentes quase simultâneos. Cinquenta e quatro horas após o atentado ao Charlie Hebdo, os irmãos argelinos foram localizados numa gráfica, a 35 km de Paris, onde mantinham reféns. Depois de oito horas de cerco, a polícia invadiu o local e matou os dois terroristas. Em outro lugar, na zona leste da cidade, o francês Amedy Coulibaly, de 32 anos, invadiu um supermercado judaico, fez varias pessoas reféns e matou quatro das vítimas. A polícia invadiu o supermercado e matou Coulibaly. Posteriormente, investigações confirmaram a ligação entre os irmãos Kouachi e o invasor do mercado. Eles teriam recebido treinamento da rede terrorista Al Qaeda e estavam em uma missão para defender a honra do profeta Maomé.

De 7 a 9 de janeiro, o terrorismo deixou um saldo de 17 mortes. No domingo, 11 de janeiro, 3,5 milhões de pessoas foram às ruas de Paris e outras cidades francesas para protestar contra o terrorismo, entre elas, o Presidente da França, François Hollande, e mais 40 líderes mundiais.

MemóriaGlobo

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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