Intermediária de vacina indiana contava com emenda de Ricardo Barros

Em telegrama que está em poder da CPI da Covid, embaixador na Índia afirma que presidente da Precisa contava com emenda do líder do governo na Câmara; compra da Covaxin foi a mais cara feita pela Saúde

Durante visita à Índia, em março, Francisco Maximiano, sócio da Precisa —empresa contratada pelo Ministério da Saúde para intermediar a aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin— deixou escapar a estratégia destinada a viabilizar a chegada do imunizante ao Brasil, relata André Spigariol na Crusoé.

Num telegrama em poder da CPI da Covid, o embaixador do Brasil em Nova Delhi, André Corrêa do Lago, disse que o presidente da Precisa comentara que a autorização de uso emergencial da Covaxin poderia ser obtida em breve no Brasil “em razão de nova redação da Medida Provisória 1.026/21”.

“nova redação” era a emenda do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, à MP. A Covaxin foi a vacina mais cara adquirida pela Saúde, e seu contrato está na mira da CPI e do Ministério Público Federal.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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