O abismo que separa o salário entre as seleções masculina e feminina é imenso, mas elas não vão desistir
Treinadora: “A pressão em cima do nosso desempenho nunca foi tão grande. O governo brasileiro decretou ponto facultativo para assistir aos jogos da Copa do Mundo feminina. O torneio bateu um recorde histórico de ingressos vendidos. É uma oportunidade de ouro para aumentar a visibilidade e o engajamento do público no futebol feminino“.
Treinadora: “A pressão em cima do nosso desempenho nunca foi tão grande. O governo brasileiro decretou ponto facultativo para assistir aos jogos da Copa do Mundo feminina. O torneio bateu um recorde histórico de ingressos vendidos. É uma oportunidade de ouro para aumentar a visibilidade e o engajamento do público no futebol feminino“.
Jogadora: “Justiça, por favor”.
Denise: “Ele não fala português. Tem que comunicar com os olhos, com o corpo. Acessa essa dor dentro de você. Lembra os coleguinhas de escola que chamavam você de sapatão porque o que você gostava era de jogar bola. Lembra que as mulheres eram proibidas de jogar futebol no Brasil, por lei, na década de 1940. Lembra que até 2015 a seleção feminina não tinha nem uniforme próprio. Olha para o abismo que separa o teu salário de um jogador da seleção masculina, que ganha em torno de 60 vezes mais do que você. Mas você vai desistir por causa disso? Não vai, porque você é brasileira! Deixa a emoção tomar conta, se o David Luiz pode abrir o berreiro, você também pode.
Pronto, juiz deu o cartão vermelho. Sustenta a personagem, levanta sentindo a lesão. Arrasta mais essa chuteira, olha para cima, pede força para Jesus Cristo, enxuga o rosto com a camisa. Sinalizou que está bem, pediu o carinho da torcida e voltou para o jogo. Bravo! Alguém aqui conhece o sistema do Stanislávski? Não? Tudo bem, hora da mímica. Que tema vocês preferem, música ou filme?”