A possibilidade de a oposição voltar a ser maioria na CPI do MST é vista por parlamentares do PT que integram o colegiado apenas como uma ameaça.
Os petistas afirmam que o comando da comissão se aproveita da demora do governo em confirmar as mudanças nos ministérios para surfar na insatisfação do Centrão.
Um deputado governista que está desde o início da CPI disse ao Bastidor, no entanto, que o aval de Arthur Lira (PP-AL) para a volta de bolsonaristas à comissão só vai até Lula anunciar André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) como ministros.
A expectativa é que o Ricardo Salles (PL-SP) apresente o relatório na próxima semana. Nos bastidores, comenta-se que o deputado pode indiciar seu colega de comissão, Valmir Assunção (PT-BA), ligado ao MST.
A base governista aposta que, até lá, a articulação política do Palácio do Planalto já tenha resolvido a reforma ministerial para dificultar a aprovação do relatório de Salles.
Nesta reta final de CPI, Salles apresentou novos requerimentos com pedidos de quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de João Pedro Stédile e de José Rainha, que já compareçam ao colegiado.