As discussões em torno da minirreforma eleitoral com regras que passarão a valer em 2024 tem dois assuntos tabus que são evitados pelo grupo de trabalho que trata do tema na Câmara dos Deputados.
Um deles é a regulamentação das fake news. Nos últimos dias, o relator do PL das Fake News, Orlando Silva (PcdoB-SP), pressionou pela inclusão do projeto na minirreforma, mas a posição dos integrantes do grupo de trabalho foi de que não há consenso sobre o assunto.
O outro veio após reunião de deputados com ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, que são contra a volta das coligações nas eleições proporcionais, extintas desde 2017.
A avaliação de deputados que discutem as mudanças na legislação eleitoral é que a tendência nos próximos pleitos é o fortalecimento das federações partidárias.
O Bastidor já mostrou que o grupo de trabalho virou palco para cada partido defender seus interesses momentâneos. As siglas menores se preocupam com as federações porque sozinhas correm o risco de não atingirem as cláusulas de desempenho.
Já partidos do Centrão querem anistia para quem não gastou ao menos 30% dos recursos do fundo partidário para financiar candidaturas femininas e negras.
O relator Rubens Pereira Jr (PT-MA) apresentará seu texto esta semana.