Os principais entraves do acordo entre o governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre as 12 vice-presidências da Caixa se arrastam há meses e seguem os mesmos.
Mesmo com a troca no comando do banco estatal, o governo quer manter dois postos: Inês Magalhães, indicada pelo PT, na vice-presidência de Habitação, e Marcelo Bonfim, aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vice-presidente de governo.
O problema é que estava acordado entre Lira e o centrão que as duas vagas seriam do União Brasil, em indicações que envolvem Antônio Rueda e Fernando Maringoni, dirigentes do partido.
Uma liderança do PT disse ao Bastidor que as negociações serão retomadas, mas não assegurou se a divisão das vice-presidências entre PP, União e outras legendas do centrão será mantida.
Há duas versões principais: Lira, que está irredutível devido ao compromisso que assumiu com aliados em dividir os cargos, disse que as vice-presidências eram parte do acordo. Petistas afirmam que o acerto valeria se a presidência continuasse com Rita Serrano ou alguém indicado pelo partido.
Como mostrou o Bastidor, lideranças do Congresso usarão a tramitação do projeto de lei que regulamenta a isenção tributária para créditos fiscais de investimentos feitos com ICMS, matéria prioritária para o governo, para trocar por postos que já haviam sido prometidos pela articulação política.