A divisão da Caixa

Os principais entraves do acordo entre o governo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre as 12 vice-presidências da Caixa se arrastam há meses e seguem os mesmos.

Mesmo com a troca no comando do banco estatal, o governo quer manter dois postos: Inês Magalhães, indicada pelo PT, na vice-presidência de Habitação, e Marcelo Bonfim, aliado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vice-presidente de governo.

O problema é que estava acordado entre Lira e o centrão que as duas vagas seriam do União Brasil, em indicações que envolvem Antônio Rueda e Fernando Maringoni, dirigentes do partido.

Uma liderança do PT disse ao Bastidor que as negociações serão retomadas, mas não assegurou se a divisão das vice-presidências entre PP, União e outras legendas do centrão será mantida.

Há duas versões principais: Lira, que está irredutível devido ao compromisso que assumiu com aliados em dividir os cargos, disse que as vice-presidências eram parte do acordo. Petistas afirmam que o acerto valeria se a presidência continuasse com Rita Serrano ou alguém indicado pelo partido.

Como mostrou o Bastidor, lideranças do Congresso usarão a tramitação do projeto de lei que regulamenta a isenção tributária para créditos fiscais de investimentos feitos com ICMS, matéria prioritária para o governo, para trocar por postos que já haviam sido prometidos pela articulação política.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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