Apesar da defesa pública de deputados bolsonaristas por uma anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o assunto ainda não foi discutido com quem vai autorizar ou não o andamento de algum dos textos que aguardam tramitação: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Bolsonaristas miram em 2025 para tratar de anistia.
O assunto voltou à tona com a eleição da deputada Carol de Toni (PL-SC) para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e após o discurso de Bolsonaro em ato na avenida Paulista no dia 25 de fevereiro.
Parlamentares bolsonaristas defensores da medida ainda não discutiram a funda o tema. Por enquanto, a CCJ priorizou a discussão sobre punições mais rígidas para alguns tipos penais, como estelionato.
Com a retirada dos sigilos dos depoimentos de militares à Polícia Federal sobre a tentativa de um golpe, apoiadores do ex-presidente na Câmara vão passar a avaliar já nesta semana “o clima” para uma proposta de anistia. O assunto foi levantado primeiramente por deputados e senadores que consideram muitas das condenações pelo 8 de janeiro exageradas. A possibilidade de incluir Bolsonaro surgiu na Câmara, após o ato de 25 de fevereiro.
Apesar das discussões sugerirem algum imediatismo na aprovação da matéria, ao menos nas manifestações públicas dos bolsonaristas do Congresso, parlamentares que apoiam o ex-presidente admitem em caráter reservado que usarão o tema na eleição para o comando da Câmara e do Senado, em 2025. As chances de sucesso com outros presidentes, principalmente no Senado, são maiores.