A POLÍCIA prende – seis anos depois do crime – os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. São três, até que a justiça os absolva: um conselheiro efetivo do tribunal de contas do Estado, o irmão deste, deputado federal, e um ex-chefe da polícia civil do Rio. O Rio não tem jeito desde que a família aqui aportou, fugindo de Napoleão, que não queria a coroa portuguesa ainda como testa de ferro da Inglaterra. Na falta de moradia, D. João, mulher, mãe e filhos receberam de presente a casa do maior importador de escravos da época (quando só era crime contrabandear e não pagar imposto no negócio de escravos).
Nem a República que se iniciava purificou o Rio, que já apodrecia com as casas velhas que o marido da Princesa Isabel explorava alugando para miseráveis e delinquentes (foi o Conde D’Eu que preparou a infraestrutura das favelas; o governador Leonel Brizola só as melhorou para melhorar suas votações). Aqui do Paraná conservador o Insulto vê o Rio como uma Sodoma e Gomorra sem anjo vingador, sem fogo e estátua de sal, mas dando lições de vida e pecados à mulher e às filhas de Jó.